sexta-feira, 31 de março de 2017

PULGAS em linha

ELAS são pequenas, estão em desenvolvimento, os olhos brilham cheios de perguntas e energicamente se movem em todas as direções. São as crianças.

Para os esportes de equilíbrio não há fase melhor. Até os onze anos o cerebelo está em desenvolvimento e toda informação motora será imediatamente estocada lá, diferentemente dos adultos, quando essas tem de passar primeiramente pelo cérebro, serem processadas entre milhares de questões racionais até que enfim sejam enviadas ao seu dono de direito. É uma das razões que explicam do porquê das crianças apresentarem resultados tão mais rapidamente que os adultos.

Apesar das facilidades, o aprendizado direcionado apresenta resultados ainda melhores que a prática puramente lúdica; o bom direcionamento evita que movimentos viciosos se cristalizem, atendendo a mecânica do esporte, respeitando o corpo e sua integridade.

Uma pulguinha tem dificuldades de entender a diferença entre um eixo longitudinal e flexão de tronco, não obstante, é possível passar as mesmas noções com linguajar adequado com a idade e conhecimento dela. Este é um grande desafio para aqueles que se aventuram com a missão de lidar com essas pequenas pessoas, constantemente em busca de novos estímulos.

Se você tem criança patinando, deve buscar uma orientação para que aprenda a brincar e se desenvolver de forma mais adequada ao equipamento - assim como no ballet, a patinação trabalha a postura, respiração e o gasto de energia na atividade vai lhe render tardes mais calmas :D

Além do benefício da orientação, crianças que patinam em conjunto, em grupo, se desenvolvem mais rapidamente, tanto como na atividade quanto na socialização. O esporte ativa uma competição saudável onde todos torcem pela melhoria alheia - é prazeroso você ter alguém patinando ao seu lado, logo, se este alguém fica para trás, você o incentiva a se locomover com mais eficiência - todos saem ganhando no processo e o aprendizado da solidariedade é tomado  e será futuramente repetido.

Procure orientação eficiente, leve e saudável - a atividade deverá ser alegre, interessante, saudável e monitorada em todos os detalhes - prestar atenção em hidratação, higiene entre outros, é vital.


Quanto aos equipamentos 
Não se deixe enganar. A facilidade com que as crianças pegam os movimentos não as coloca fora de perigo. O capacete deve ser obrigatório, assim como o kit de proteção completo. Lembre-se, seu filho machucado vai lhe render MUITA dor de cabeça, fora as escoriações, choro, traumas, brigas em família e aquela IMENSA dor de consciência... 

Outro grande erro cometido é o quanto que se investe nos equipamentos. Há hoje em dia patins E proteções adequadas às mais diferentes idades. Equipamentos esportivos devem ser levados a sério, com investimento proporcional à tecnologia, conforto e segurança. Não que se precise investir em um equipamento de atleta de ponta, mas se informar sobre as opções mais saudáveis para seu filho lhe trarão muita paz e prazer. 

Os patins infantis, independente de serem do tipo tradicional ou inline costumam ser ajustáveis e aguentam uma carga de até 60kg. Os ajustes costumam compreender 4 tamanhos sequencias, o que aumenta a vida útil do equipamento x  crescimento acelerado. 

Há a possibilidade de se revender os patins e equipamentos quando estes já não servirem. Portanto, se lhe parecer interessante, procure por um equipamento de 2a mão, um semi-novo.

Quando começar?
Em regra geral, a criança está pronta para a patinação a partir dos 5 anos, mas cada caso deve ser avaliado junto ao pediatra para analisar o condicionamento físico, taxa de crescimento, entre outros fatores. Temos diversos patinadores que começaram a patinar a partir dos 2 anos e isso também é comum na Europa, com crianças que aprender a esquiar antes mesmo de saber caminhar direito...

Espero que esta reflexão venha a lhe ser de alguma valia e se achar pertinente, pode compartilhar com seus amigos que tem pulgas, quero dizer, crianças...

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