quinta-feira, 16 de março de 2017

Os grupinhos

Os grupos tem função de gerar unidades. Servem também como uma forma de união de partes sob o mesmo interesse. Temos o grupo de torcedores de um time. Grupo de pessoas sem teto, etc... Temos também os grupinhos de patinadores, obviamente.

Grupos por modalidade, ou por gênero. Em torno de um grupo há um nome, uma filosofia, um estilo, etc... Quando fazemos parte de um grupo, nos sentimos integrantes de algo maior. Ofertamos importância ao grupo e defendemos sua bandeira com afinco.

Alguns membros de um grupo levam a níveis quase obsessivos, agressivos, onde aqueles que não fazem parte do grupo estão contra ele. Tem os casos de grupos que se colocam em termos soberanos onde qualquer outro grupo do mesmo nicho não tem valor algum ou é desprezível.

O que muitos não entendem é que este tipo de postura pode, não somente demonstrar total falta de respeito, mas atrapalhar o mesmo nicho do qual aparentam defender. Veja, por exemplo, um grupo de patinadores de street. Radicais, agressivos, tem um estilo de vida baseado nas premissas das ruas, são anarquistas e gostam de ir contra as regras. Criticam com entusiasmo grupos de patinadores de outras modalidades como slalom ou patinação artística.

Estes grupos radicais não conseguem notar que, criticando e atacando outros grupos de patinadores, estão atacando todo o nicho de patinação e, consequentemente, atacando aquilo que eles mesmos defendem.

No momento em que atacam, desencorajam indivíduos a patinarem mais, criam obstáculos inexistentes e destroem laços que poderiam servir para estimular mais pessoas a patinarem. A lógica diz que quanto mais gente patinando e interessada em patinação, maior será atenção dada pelos gestores de eventos, pelo mercado, pelo governo (e porque não?!). Mais patinadores envolve necessidade de mais pistas, skateparks, mais lojas para atender a demanda (mais lojas é equivalente a preços melhores e mais competitivos, maior diversidade de produtos nas prateleiras, etc...), mais quorum para eventos, workshops, competições e, quem sabe, até uma vaga como modalidade em uma olimpíada.

A grande questão é que alguns grupos e seu membros são absolutamente incapazes de perceber que a atitude de repelir outras modalidades, ou de grupos diferentes, é apenas nocivo para o esporte como um todo. Todos perdem neste cenário, não é algo específico.

O mais importante aqui é a busca em conscientizar as pessoas na importância de sempre estimular a patinação, não importa o estilo, a modalidade ou conceito. Não há problema que existam grupos, mas que estes estejam cientes que são todos parte de uma esfera maior. São todos patinadores e quanto mais gente patinando, melhor.

Faça parte do nosso grupo!

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